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O jornal que vira arte

Práticas que envolvem sustentabilidade estão cada dia mais presentes em nosso cotidiano, e não se trata só de adotar hábitos como reciclar, usar produtos cruelty free (não testado em animais), ou evitar o consumo de produtos, cuja fabricação envolva ações poluidoras, a sustentabilidade também está na arte. As peças feitas pelo artista plástico, José Paulo Sebastião da Silva, o Zé Paulo, como ele gosta de ser chamado, são exemplo disso.

Zé Paulo ainda era criança e morava na área rural, em São Sebastião da Grama, quando começou a se interessar pela arte. Ele conta que sua vontade era aprender a fazer balaios e cestos de bambu, mas não havia ninguém disposto a ensiná-lo. De acordo com o artista, a oportunidade de aprender a confecção dos cestos surgiu quando ele se mudou para a área urbana; com a ajuda de uma amiga, ele aprendeu a fazer cestas de jornal. A partir dali, começou a produzir e vender para parentes e amigos.

Depois dos cestos, vieram outros produtos: “vi que eu podia fazer outras peças maiores, como baús, caixas e cestas diferentes.” Inicialmente, Zé Paulo conciliava a arte com um trabalho fixo, mas com o fim de seu contrato de trabalho, decidiu então investir todo seu tempo nas peças feitas de jornal e, há 13 anos, sua renda principal vem da arte.

Sobre dificuldades enfrentadas, Zé Paulo conta que, inicialmente, havia poucas informações disponíveis sobre como trabalhar com o produto (jornais), mas hoje é mais fácil por conta das redes sociais. Ele mesmo produz conteúdo para um canal no youtube, o “Zé Paulo artcomjornal” em que ensina pessoas a criar produtos. E além dos vídeos, é convidado a ensinar sua arte por todo o país.

Em junho passado, o artesão foi premiado pelo Bench das Artes, prêmio internacional que reconhece o trabalho sustentável de artistas. Para conhecer mais o trabalho do artista, acesse: www.facebook.com/zepaulo.silva.1

Jornal em forma de objetos para decoração. Crédito: arquivo pessoal

Arte presente em acessórios de cozinha. Crédito: arquivo pessoal

Do lixo ao luxo, refinamento pela arte. Crédito: arquivo pessoal


SOBRE:

Pindorama é a designação de um local mítico dos povos tupis-guaranis, que seria uma terra livre dos males. Foi também o primeiro nome atribuído ao Brasil pelos índios, antes da descoberta. Por analogia, um blog de Jornalismo Cultural seria “um espaço livre dos males”, um território onde a literatura e as artes encontram um terreno fértil para frutificar. Aqui você encontra a produção dos alunos do 6º Semestre de Jornalismo da UNIFAE, que estão construindo um blog coletivo, sob coordenação da Profª. Carmem Aliende.

Os alunos foram desafiados a produzir textos literários, críticas, resenhas, matérias e perfis relacionados  ao universo cultural, em suas várias vertentes - cinema, teatro, artes plásticas, dança, música, moda, literatura, gastronomia, etc. Entre os principais objetivos da atividade estão vivenciar a construção coletiva de um blog, percebendo suas peculiaridades e possibilidades de atuação profissional; aproveitar o potencial dos alunos que já têm alguma produção autoral para trocar experiências e motivar os demais; e criar formas de interação com o público.

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