Projeto social leva contos e música para os alunos de Programas Municipais da Juventude, em Poços
- Rodrigo Bomtempi
- 7 de nov. de 2018
- 2 min de leitura
Contação de Histórias é um projeto que desde 2016 leva um mundo de imaginação e fantasia para as crianças, em Poços de Caldas. A iniciativa é de Tatyana Siqueira, atriz e professora de inglês, e Erani Fernandes, músico e professor de violão. Tatiana conta que a principal motivação foi ter um trabalho que envolvesse o casal. “Já trabalhamos na área cultural há mais de dez anos e nosso diferencial é misturar contos infantis, música e teatro”.

O projeto é fruto de uma parceria com a prefeitura de Poços de Caldas e os encontros fazem parte dos Programas Municipais da Juventude (PMJ), que oferecem atividades complementares no contra turno escolar. A iniciativa tem apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, como conta Tatiana. “Depois de aprovado o projeto, nós tivemos que ir atrás de uma empresa. Ao invés de repassar o dinheiro para o governo, ela pode passar para um projeto cultural”.
Os temas escolhidos são contos de fadas, com foco nas obras do escritor inglês Lewis Carrol (1832-1898). Pinóquio e Alice no País das Maravilhas foram as histórias já apresentadas para as crianças. Ao final de cada contação, o livro da história lida é doado para a escola, e as crianças são presenteadas com um marcador de páginas personalizado e com minilivros. “Nós cantamos uma música e chamamos duas crianças para cantar com a gente, as que aceitarem ganham os livros, mas não revelamos nada antes. Estamos trabalhando a coragem delas, falando para elas não perderem oportunidades. Tudo tem um motivo, mas gostaríamos de dar um livro para cada criança, porém o custo é muito alto”, explica Ernani.

Trabalhar com o cognitivo e com a imaginação é outra das metas do projeto, por isso as histórias são cuidadosamente escolhidas. Pinóquio ensina que não se deve mentir. “Não é só uma historinha infantil, falamos sobre a importância de ser correto”. A história “Alice no País das Maravilhas” por sua vez busca incentivar a imaginação e a leitura, uma área que, segundo Ernani, foi esquecida pelos colégios. “Hoje em dia, como muitas escolas não têm mais ensino de arte, a criança acaba não desenvolvendo a imaginação”.
Viver exclusivamente da arte faz parte dos planos do casal, e a ideia é manter o trabalho com as crianças: “a escola é um espaço muito fértil, um bom lugar para se trabalhar”. E os resultados não poderiam ser melhores: “vemos nos olhinhos dos alunos a emoção em cada história”, conclui Tatiana.
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