Somos Infinitos
- Gabriela Sodré
- 27 de nov. de 2017
- 2 min de leitura
(Leia ao som de Heroes - David Bowie) "Querido amigo". Assim começam as cartas do solitário Charlie, dirigidas a alguém imaginário que pudesse ouvir e entender seus desabafos. As cartas servem como um espelho para a alma dele, que descobre em sua escrita como suas experiências alteram sua perspectiva de vida.
Tendo passado por diversos traumas na vida, como o suicídio de seu único e

melhor amigo Michael, e a morte de sua tia Helen em um acidente, ele vê no início do ensino médio uma oportunidade de achar o seu lugar. Charlie é a representação do adolescente invisível, que se limita a ser observador da própria vida, ao invés de protagonista. Quando ele conhece seus novos amigos, Patrick e Sam, ele começa a viver e explorar um novo mundo.
Por se tratar de relatos escritos pelo personagem, a obra de Stephen Chbosky tenta fazer com que o leitor conheça uma pouco mais sobre o protagonista, a partir de suas próprias descobertas, conforme ele vai escrevendo suas cartas, quase tão intimas quanto um diário. A essência do livro é uma mensagem ao leitor, para que ele também se torne visível ao longo da leitura, assim como o personagem principal.
A história aborda temas que estão presentes na vida de um adolescente, como primeiros encontros, dramas familiares e novos amigos. Entre outras experiências, ele percebe o quão difícil pode ser tudo isso e, ao mesmo tempo, como é bom fazer novas descobertas que nos levam a compreender o que é viver. "Eu realmente estava ali. E foi o suficiente para que eu me sentisse infinito", declara Charlie no final da sua jornada em “As Vantagens de Ser Invisível”.
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