ISSO É 3030: uma mistura de rap e outros estilos musicais que surpreende o ouvinte*
*Para ler escutando Preciso Saber, 3030
Sabe aquela música gostosa de ouvir, que relaxa e te faz curtir tanto a letra quanto a melodia? Disso Bruno Chelles, Lk e Rod e DJ Rafik entendem. Os meninos do 3030, grupo carioca fundado em Arraial D’Ajuda (BA), misturam RAP, MPB, hip-hop, bossa nova e forró. O nome curioso tem explicação. Numa entrevista eles contaram que são os últimos números do telefone de uma pizzaria para qual ligavam sempre “na hora da larica”.
Esta combinação que parece improvável, tem um resultado encantador. O conteúdo das letras também é bem variado. Algumas são mais românticas como o hit “Foda que é linda” ou “Tudo que ela quer”. Outras, mais reflexivas como “Homenagem à vida”. O grupo afir
ma que, ao contrário de muitos cantores da rap, não curte a onda ostentação. Eles preferem “fazer os jovens refletirem, e não falarem sobre cordão de ouro e carros”.
3030 tem álbuns e duas mixtapes lançados de forma independente: Quinta dimensão (2012), Entre a carne a alma (2015), Egito – 3030 acústico e A iniciação do alquimista (2017).
Com pouco mais de cinco anos na estrada, se consagrou no cenário do RAP nacional como revelação em 2013. Teve dois clipes indicados na lista de Melhores do Ano, do site Vai ser Rimando. O álbum mais aclamado pela crítica, Quinta Dimensão, teve 50 mil downloads.
E por falar em álbum, um som que já é agradável consegue ficar ainda mais especial. As faixas lançadas no Egito são particularmente, as melhores do grupo. “Luz em todo morro” e “Preciso saber” ficam ainda mais especiais com a versão acústica.
Se sozinhos os meninos já são um sucesso, com as parcerias não seria diferente. “Tudo que ela quer” com participação de Ari, da Cone Crew Diretoria, tem quase 40 milhões de visualizações no YouTube. Apesar dos grupos terem uma abordagem diferente, o segundo fala mais sobre curtição e 3030 é mais sério, a mistura ficou boa, e os números provam o sucesso.
Por ter esse estilo mais leve, a banda atrai ouvintes de todos os gostos. “Eu não curtia muito rap, por ser aquele som mais pesado, falando sobre ostentação e tal, mas o 3030 conquistou meu coração”, brinca a estudante de publicidade Marina Salomão. Já Guilherme Campos, estudante direito, conta que no começo resistiu um pouco, mas depois de rendeu ao som do grupo. “Eu confesso que tive um pouco de preconceito quando conheci, mas depois eu fiquei viciado, amo rap de qualquer jeito”.
