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The Last of Us, um mundo pós-apocalíptico de brilhar os olhos

  • Aliffer Trebesqui
  • 22 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Quando se trata de games que envolvem o jogador do início ao fim, a morte de um personagem fictício é vivenciada como uma perda dolorosa. No The Last of Us, game eletrônico de ação-aventura e sobrevivência, criado pela Naughty Dog e publicado pela Sony Computer Entertainment, os desenvolvedores compreenderam muito bem a importância deste quesito.


Continuamente, ao longo do jogo, somos torturados com a perda de pessoas com as quais passamos a nos importar. Apesar da história clichê de um mundo pós-apocalíptico onde os seres humanos tentam sobreviver, se deparando com zumbis, The Last of Us consegue superar todas as histórias parecidas e ir muito além...


O surto de uma doença desenvolvida a partir de um fungo chamado Cordyceps, originalmente desenvolvido em formigas, virou uma mutação e passa a atingir também os seres humanos, que se transformam em monstros canibais, que arrasam os Estados Unidos, em setembro de 2013. O gameplay é lapidado com pequenos detalhes, que fazem toda a diferença e os personagens são únicos e totalmente carismáticos.


A história começa no quarto de Sarah (a primeira personagem jogável), que ouve barulho de carros e gritos desesperados. A garota percebe que está sozinha, mas em seguida o pai (Joel, um rapaz com sentimentos puros, que trabalha duro para criar sozinho a filha) chega dizendo que precisam sair logo dali e que não podem confiar em mais ninguém.


Em meio a toda essa confusão, Sarah entrega ao pai um relógio como presente de aniversário. Neste momento, ele ainda não sabia que este gesto se tornaria a mais doce lembrança da filha. No dia seguinte, largam tudo para fugir da cidade. Um militar que havia recebido a ordem de eliminar todo mundo, pois não se sabia quem estava ou não infectado, atinge Sarah no abdômen e ela morre nos braços do pai.

Vinte anos se passaram e Joel se tornou "um bandido violento, um assassino brutal, e um torturador com um relógio quebrado que lhe faz lembrar sua filha". Capaz de matar seus inimigos com brutalidade notável, durante o rescaldo da epidemia que assolou o país, ele passou a trabalhar em transações no mercado negro e contrabando. Por causa disso, acumulou conhecimentos valiosos no que diz respeito a sobreviver ao ambiente pós-apocalíptico. É neste momento que Joel conhece Ellie, uma garota com quase a mesma idade de sua falecida filha. Ela é uma das personagens mais carismáticas já vistas em um jogo, e a missão de Joel é leva-la até o outro lado da cidade, sem saber o motivo, pela recompensa de armas.


Joel acaba descobrindo que a garota é imune ao vírus e este é o motivo de sua tarefa. No início, ambos se comunicam pouco – tudo indica que não quer transferir para a garota o sentimento de afeto que tinha com a filha. Mas, Ellie uma garota órfã, também tem os mesmos medos e receios. No decorrer do game os dois se aproximam cada vez mais, necessitando um do outro para sobreviverem não só fisicamente, mas também, psicologicamente.


O game ganhou cerca de 100 prêmios e tem um desfecho simples, mas com sentido rico, sendo considerado um dos jogos mais bem feitos da antiga e atual geração de consoles. O cenário exuberante e a trilha sonora envolvente dão vida ao jogo, que se torna praticamente um filme, tão envolvente que quase deixa o gameplay em segundo plano. E apesar do final emocionante, fica no ar a ideia de que talvez a história, de fato, ainda não tenha chegado ao fim.

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SOBRE:

Pindorama é a designação de um local mítico dos povos tupis-guaranis, que seria uma terra livre dos males. Foi também o primeiro nome atribuído ao Brasil pelos índios, antes da descoberta. Por analogia, um blog de Jornalismo Cultural seria “um espaço livre dos males”, um território onde a literatura e as artes encontram um terreno fértil para frutificar. Aqui você encontra a produção dos alunos do 6º Semestre de Jornalismo da UNIFAE, que estão construindo um blog coletivo, sob coordenação da Profª. Carmem Aliende.

Os alunos foram desafiados a produzir textos literários, críticas, resenhas, matérias e perfis relacionados  ao universo cultural, em suas várias vertentes - cinema, teatro, artes plásticas, dança, música, moda, literatura, gastronomia, etc. Entre os principais objetivos da atividade estão vivenciar a construção coletiva de um blog, percebendo suas peculiaridades e possibilidades de atuação profissional; aproveitar o potencial dos alunos que já têm alguma produção autoral para trocar experiências e motivar os demais; e criar formas de interação com o público.

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