VAI UM PASSAPORTE EUROPEU AÍ?
- HEDIENE ZARA
- 24 de nov. de 2016
- 1 min de leitura

Quem nunca sonhou em pegar um mochilão e circular pela Europa livremente, sem problema com fronteiras? Pois uma iniciativa do Circolo Italiano di São João da Boa Vista pode facilitar as coisas para quem tiver ascendência europeia e quiser colocar o pé na estrada. A entidade, em parceria com o Departamento Municipal de Cultura, vai digitalizar o Livro Geral do Registro de Estrangeiros, tombado no Arquivo Histórico Matildes Salomão.
É uma coleção de depoimentos de estrangeiros que viveram na cidade entre 1939 e 1943, no período da Segunda Guerra. Na época, Getúlio Vargas determinou que a Polícia Civil apurasse o envolvimento de estrangeiros com espionagem, com a oitiva de todos os imigrantes residentes no país. Só ganhava o “salvo-conduto” quem fosse até a delegacia mais próxima.
As investigações não encontraram bulhufas, mas agora servem para amparar processos de dupla cidadania, principalmente para europeus. “No acervo, encontramos a fala de turcos, libaneses, portugueses, espanhóis, alemães e italianos. Eles eram obrigados a dizer de onde, quando, como e com quem vieram para o Brasil. Tudo será digitalizado e, até novembro, vamos dispor os arquivos na internet”, disse Eduardo Ciacco, secretário do Circolo.
Os depoimentos podem comprovar o vínculo familiar e, junto da árvore genealógica e de outras autenticações que variam de um país para outro, garantem o registro de cidadão europeu, mesmo para descendentes nascidos no Brasil. Os sites de cada consulado mostram mais detalhes dos processos, que podem durar de um mês a até 10 anos, de acordo com a cidadania pleiteada. Portugal é, segundo os especialistas, o país que exige menor número de documentos. Pelos lados da Turquia, o buraco é mais embaixo e a burocracia atrapalha bastante.
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